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Estou doente! CURA-ME!

  • usarq2
  • 12 de jun. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2021

Quando arrancastes o primeiro galho de arvore para te protegeres,

Iniciastes um processo cujo retorno não haveria.

O primeiro galho se transformou em florestas exauridas.

Em seguida furastes meus chãos, devastastes minhas montanhas

Para deles extrair minhas riquezas minerais.

Nesse processo de construção, quantos rios não poluístes?!

Ou melhor, quantos rios não matastes?!

Quantas vidas, foram e são impedidas por ti de ver

O resplendor que és esta sua morada?!

Lhe destes tudo que pedistes,

Em troca, pedistes somente teu respeito.

Contudo, me ofertastes somente destruição.

Hoje me encontro doente.

Quase não posso mais atender-te em seus anseios de expansão.

Tu já percebeste que minha doença se encontra ligada à sua existência.

Agora, desesperadamente, tenta aliviar-me das dores que a mim provocastes,

Com medo que te expurgue do meu convívio.

Tentas manter-se onde fora concebido.

Sei que não partirei tão cedo.

Sei que viverei, mesmo doente, mais e sem ti.

Confesso que gostaria que estivestes aqui,

Sabes seres tão dócil quando queres.

Se conseguires manter-te aqui,

Peço-te que sejas mais complacente,

Peço-te que hajas com mais resiliência,

Peço-te que nunca mais se afastes tão bruscamente de mim.

Peço-te que me cures.

Com Carinho,

PLANETA TERRA.

Ulisses Salviano Alves de Andrade


Foto: Freepik

 
 
 

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